Instituto Nacional do Câncer, o INCA, prevê 66.280 novos casos para 2021
O câncer de mama é a doença neoplásica que mais mata mulheres no Brasil 1 e essa situação poderia ser diferente com mais investimentos em rastreio da doença entre a população. Para 2021, o INCA (Instituto Nacional do Câncer) prevê 66.280 novos casos, o que corresponde a 29,7% de todos os casos de cânceres no país.
Mas uma parte dessas mulheres poderá vir a ser diagnosticada muito tarde, tornando o tratamento mais difícil e com consequências físicas e psicológicas.
Quando falamos em rastreio, nos referimos à busca ativa pela doença, realizando as mamografias em todas as mulheres a partir dos 40 anos, de acordo com a SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) ou antes, nos casos em que há uma indicação explícita relacionada a histórico de câncer na família. Mas é justamente essa atitude simples que fica comprometida dadas as diferenças socioculturais e econômicas no Brasil.
Para efeito de comparação, em alguns estados a incidência do tumor de mama a cada 100 mil mulheres pode chegar a 104,6 casos, em outros, não passar de 15,8 casos. E isso é claramente relacionado ao acesso aos exames de mamografia e ultrassonografia, que fazem a “descoberta” dos casos, e consequentemente, a notificação. 2
A discrepância entre o número de casos no país não está relacionada às causas do câncer, uma vez que Estados com características parecidas como Rio Grande do Norte e Maranhão apresentam notificações contundentemente diferentes: 61,8 casos contra 23,3.
Uma vez que esse diagnóstico é feito, o caminho dessa mulher pode ser mais ou menos árduo a depender principalmente do quão cedo for feita essa descoberta.
A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de causas associadas à formação de tumores e de que alguns fatores, de fato, não são modificáveis, como a genética.
Os principais fatores de risco comportamentais relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama são a obesidade, falta de atividade física e consumo de bebidas alcoólicas. Por outro lado, a alimentação saudável, atividade física e a amamentação podem reduzir em até 28% do risco do câncer de mama. 3
Referências
1.Atlas da mortalidade por câncer, INCA, 2020. https://www.inca.gov.br/aplicativos/atlas-de-mortalidade-por-cancer. Acesso em 12/09/2021
2.Instituto Nacional do Câncer (INCA), 2020. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama. Acesso em 10/09/2021
3.Saúde de A-Z, Ministério da Saúde. http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/cancer-de-mama. Acesso em 13/09/2021
PP-LILLY-BR-0495 – outubro de 2021